Sacrossanta Basílica Menor Santuário São Francisco de Assis

É preciso que a beleza do santo continue falando, interpelando hoje em 2021 em meio a uma pandemia, em meio a uma crise ecológica. É preciso que Francisco continue falando no mais profundo do nosso coração e que voltemos com o coração ardendo e mais desejosos de viver uma vida como Francisco viveu.

Texto: Patrícia Gomes

Fotos: Fernando Carlomagno, Valcir Araújo e Aureni Brito

Mensagem Litúrgica – 04/10/21
Celebrante – Dom Paulo Cesar Costa
Primeira Leitura (Jn 1,1–2,1.11)
Responsório (Jn 2,2-8)
Evangelho (Lc 10,25-37)

 

Estamos celebrando esse grande santo no qual o evangelho se torna realidade, pois Deus não revela seus mistérios aos grandes doutores, mas sim aos humildes. Quem não se esvazia de si, não se esvazia do possuir não entra na lógica de Deus. Se olharmos a existência o santo de Assis veremos bem essa realidade, pois ele era filho de alguém que tinha dinheiro, poder, mas se esvaziou da glória, do futuro como cavalheiro, como comerciante para assumir um outro projeto de vida. Francisco vai dizer que quer servir ao Senhor e quem coloca o Senhor no centro coloca a vida como dom de serviço, dom de amor. Assim renuncia as riquezas de forma radical e chega a doar a própria roupa para o pai, o que acaba fascinando os jovens da época e a própria Santa Clara. É a liberdade do homem que já se encontra totalmente identificado com Cristo.

Francisco nunca se apresenta com o coração vazio, ele está sempre com o coração cheio de Jesus. Por que a sua existência ainda fascina tanto e atrai tantos fiéis? Porque foi alguém que seguiu Cristo com tamanha radicalidade, que teve as chagas de Cristo no próprio corpo. Foi presença do amor de Cristo no seu tempo e fascinou Santa Clara. Não se apegou às riquezas desse mundo, fez de Cristo a riqueza da sua vida, fez da natureza um grande louvor, até para a morte olhou com serenidade. Homem que viveu a profunda intimidade com Deus, harmonia profunda com a natureza, com a criação.