A reunião ocorre todo ano e faz parte do planejamento paroquial.
Fotos: Valcir Rosa
Texto: Kelsiane Nunes
Formação, oração e missão são os pilares que devem ser trabalhados nas atividades paroquiais desenvolvidas pelo Santuário ao longo de 2022, de acordo com o novo plano pastoral discutido na VII Assembleia Arquidiocesana de Pastoral. Como colocar isso em prática foi o grande objetivo da Assembleia Pastoral Paroquial promovida neste sábado (27) no salão paroquial do Santuário. A reunião foi realizada por coordenadores e representantes de pastorais e movimentos do Santuário e foi presidida pelo Frei João Benedito, reitor e pároco do Santuário.
A Assembleia foi iniciada por Padre Agenor Vieira de Brito, coordenador do Setor de Pastoral da Arquidiocese Metropolitana de Brasília. Ele explicou os principais tópicos discutidos na assembleia arquidiocesana para guiar o planejamento da paróquia. O padre lembrou que Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília, pede aos fiéis que evangelizem não apenas com as palavras, mas principalmente com a própria vida. “Nós devemos anunciar Jesus com as palavras e nossas vidas de forma que nossas ações toquem a vida de outras pessoas”, Padre Agenor reforçou a ideia.
Ao falar dos três pilares do Plano Pastoral – formação, oração e missão – Padre Agenor afirmou que “o encontro com Jesus nos faz conhecê-lo, nos faz amá-lo e nos faz anunciá-lo, por isso esse é tão importante vivenciar esse tripé”.
No campo da formação, o plano da arquidiocese propõe que sejam desenvolvidas escolas permanentes de formação. Além disso, recomenda-se desenvolver momentos de reflexão da Palavra dentro das paróquias e recomenda que todas as reuniões realizadas por pastorais e movimentos iniciem com a leitura da Palavra, para que ela ilumine as ações a serem desenvolvidas.
Sobre a oração, o plano orienta que os momentos de oração propostos pela Igreja, como adoração e a Santa Missa, sejam vividos de forma mais intensa. Também indica a prática da lectio divina, ou leitura orante, não só de modo particular, mas dentro das atividades das pastorais e movimentos.
Utilizar as plataformas digitais para divulgar a palavra de Deus e instituir de forma paroquial ministros da palavra são algumas das propostas relacionadas a missão.
Atividades para o Santuário
A partir das indicações da arquidiocese dos pilares e temas para o desenvolvimento de ações pastorais, coordenadores e representantes das pastorais e movimentos do Santuário propuseram as seguintes ações para o ano de 2022:
- Encontros periódicos de formação sobre a palavra de Deus aberta ao público;
- Incentivar mais a participação dos membros das pastorais nos momentos de oração existentes (novenas, quaresmas, entre outras atividades) no Santuário;
- Organizar escala de horários em que cada pastoral e movimento fique responsável por um momento na Adoração Perpétua do Santuário;
- Inserir a prática da leitura orante nas reuniões de todas as pastorais;
- Promover retiros de espiritualidade para as pastorais;
- Ampliação da TV e Rádio Franciscana;
- Promover formações constantes para formar missionários;
- Incentivar os agentes pastorais a participarem das missões realizadas no Santuário.
As propostas apresentadas serão analisadas pelo pároco e podem compor o calendário do próximo ano.
A caminhada de fé é feita em comunidade
Frei João Benedito afirmou que é necessário analisarmos bem esse período de crise que estamos vivendo por conta da pandemia do Coronavírus e tirarmos aprendizados desse momento. Também chamou atenção para a necessidade de fortalecer ainda mais a caminhada de fé atualmente.
Para isso, afirmou que são necessárias três ações: viver em comunidade, escutar a palavra de Deus e celebrar a Liturgia. “A missa não é um prêmio para aquele que crê, mas é uma ferramenta para ter fé. Nós cremos a partir do momento que participamos da missa”, reforçou. “A Liturgia atualiza para nós os sacramentos, atualiza a história da salvação”, completou.
Sobre a vida comunitária, o pároco afirmou que ao olharmos as escrituras podemos observar que vários momentos importantes foram vivenciados em comunidade como em Pentecostes. Mas ele alertou que é necessário entender que o relacionamento com os irmãos é um desafio a ser enfrentado pela fé.
“Quando nós vivemos em comunidade, muitas vezes nós queremos só as coisas boas da vida. Não podemos pretender uma vida comunitária só de bênçãos. Por outro lado, não podemos também querer uma comunidade que se faça só com feridas. A comunidade sonhada por Deus é como a luta de Jacó: que nos traga a dor da ferida, mas a alegria da bênção”, explicou.
Dessa forma, Frei João destacou a importância de retomar as atividades paroquias de forma presencial, seguindo todas os cuidados necessários que o momento nos pede